Hey você... Primeiramente se você já leu posts anteriores sabe o quanto a minha vida está baseada em ônibus e engarrafamentos, só que nessa semana finalmente conclui a minha auto-escola passei, na segunda tentativa, e consegui tirar a carteira de motorista. Foi um dos momentos de maior felicidade em minha vida. Eu fiquei muito nervoso, mesmo. As minhas mãos tremiam muuuuito e as minhas pernas queriam correr para longe dali. Por sorte não errei muito... Quando chegou no trecho que fui reprovado pela primeira vez, pensei: “Já era.” Fiquei ainda mais nervoso, mas a necessidade era enorme e precisava mesmo passar... Quando consegui passar; praticamente um elefante saiu dos meus ombros, mas os outros cinco ficaram por lá. Só saíram quando o examinador disse: “Você foi aprovado filho” eu não consegui tirar um enorme sorriso do rosto, estava radiando alegria. Peguei o resultado e caminhei do local da prova até a minha casa, é uma distância enorme e juro não senti dores nas pernas, cansaço e câimbras. Só conseguia sorrir e cantarolar. Sabe um musical feliz? Eu estava assim. Podia chover... Eu cantaria e dançaria.
Quando eu ando na rua eu tenho algumas manias, às vezes acho que elas são normais, outras vezes me sinto vergonhoso demais em relação a elas. Quando atravesso a faixa de pedestre, piso só na parte branca. Como que se eu pisasse na parte preta o mundo acabaria em um terrível apocalipse que o chão fosse se desfazendo e engolindo todo o planeta em um enorme buraco negro. O ruim é que as faixas estão sempre longe demais uma das outras... Então ou eu fico pulando para alcançá-las ou eu piso no asfalto e deixo o apocalipse chegar. A escolha fica a mercê do meu humor. Eu também fico chutando coisas e narrando as jogadas em minha cabeça; me sentindo um Ronaldinho Gaúcho e Galvão Bueno em uma mesma hora. Driblo todo um time, faço a melhor jogada e acabo despertando o meu Galvão Bueno interior, mais emocionado do que em 1994 quando o Brasil ganhou o TEEEEETRA, no momento em que faço o gol. Tem também a minha versão clipe. Quando estou com fones nos ouvidos e uma música boa começa, caminho no ritmo que a música exige, finjo estar cantando, lanço olhares discretos e quando chove tudo se torna ainda mais dramático. Chuva, ônibus e música triste, resultam em uma coisa: Cabeça encostada olhar para baixo e pronto estou em mais uma versão de clipe.
Ando meio supersticioso. Na verdade sempre fui. Todos são. Quando estou vendo um jogo se alguém chegar e meu time tomar um gol com certeza a pessoa receberá de mim repressão, olhares e nomes que desqualificam qualquer um. Porque realmente acho que a pessoas é pé frio e isso me desperta uma grande raiva. Minha irmã é a maior de todas. Se você sair com uma camisa vermelha e achar dois reais, ficará feliz e será marcante por menor que seja a quantia e se depois de um mês você sair de novo com essa camisa e achar cinco reais.você ficará maluco e sempre usará essa camisa com a esperança de ficar rico. Como eu... que tenho uma cueca da sorte para jogos do Flamengo. Não posso evitar é mais forte que eu. Se estou vendo um jogo na televisão e o meu time está perdendo e percebo que não estou usando a cueca, eu vou lá, vejo se ela está na gaveta e coloco. Ela sempre está, só uso em dia de jogos. Me sinto mal se não por, como se a culpa fosse realmente minha e eu sei que não é, sei que tudo está relacionado a habilidade, disposição, preparação e psicológico, mas não há como evitar. Podemos estar fazendo parte do destino ou interferindo nele. Se ele realmente já está escrito, podemos estar construindo a cada dia. Relativamente tudo acontece porque tem que acontecer é o que eu acho. Por hoje é isso.
Até mais, ou não