segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

verdade absoluta

Hoje eu te vejo onde não posso alcançar
Mas lembro do passado em que nós
Perdíamos tempo para imaginar
Como seriamos a sós.
Abraços que não teriam fim
E Beijos até o dia raiar.
Em sua pele desenhos para mim
Em minha pele o arrepio ao olhar
E ver o quanto seria bom
Se eu tivesse você aqui
O roxo do seu cabelo em minhas mãos
E a certeza que você jamais iria sair
Nossas pernas enroladas
E sol atravessando a janela
Como em um bom conto de fadas
Sinto-me perdido ao falar sobre ela.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Encantado da mais bela

Havia de ser assim
ela surgiu sem avisar
Tirando ele de si
Levando ele pra lá
Bem perto dela
Encantado da
mais bela
forma de enxergar.
o mundo que ela carrega
No seu jeito de levar.
o sorriso e a vida
Sem pressa
pra não machucar.
conquistando em cada dia
uma forma de chegar.
Apaixonado da
primeira vez que a deixou guiar
seu olhar seu perdeu

No prazer de saborear.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Uma pedra de cada lugar

eu te de dei pedras
como quem presenteia com flores
carregando todo peso
dos lugares e de amores.
confiei os meus sorrisos
meus desejos, meus prantos.
Dividimos um bom quarto
preenchemos todos os cantos.
Uma pedra de cada lugar
Representava uma boa lembrança
Carreguei você enquanto estive lá
como um brinquedo e sua criança.
certezas em cada palavra
promessas em cada aposta
seu medo ainda crava
o titubear da sua resposta.
se acolha no mesmo peito
vou recolher mais pedras
e quando nosso amanhã tiver feito
faremos de nós uma festa.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

O que nunca importou

Deixa me esquecer de teu nome,
De sua importância e do seu sabor.
Deixa me morrer fome,
Vendo a distância que nunca se importou.

mas antes me diga
o que foram as noites.
Em que você me chamou

Foi um grito de susto,
um erro bobo
ou medo da solidão?

Eu tento não te dizer
Mas há tanto para se sentir
vendo meu coração ceder
à saudade que teima em insistir

mas como não me convencer?

Que foi um grito de susto,
um erro bobo
medo da solidão.

Tento esquecer teu nome,
sua importância, o teu sabor.
mas sempre acordo com fome
vivendo a distância do que chamo de amor...

Mas antes me diga
Que não foi um grito de susto,
um erro bobo 
ou medo da solidão.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Primeiro sorriso

Você consegue perceber o que te trouxe até aqui?
eu já tinha guardado um lugar para você.
Não há nada escrito pelo acaso
no seu primeiro sorriso eu pude ver.

alguém que pudesse enxergar o drama
e ver toda beleza que nele há
como em uma foto em preto e branco
mostrando que mesmo sem cores
há sentimentos para se revelar.

Você é como um vicio
que logo de manhã, preciso sustentar.
Está só no inicio
do tudo que vamos compartilhar.

Deixa-me tragar um pouco mais de ti
leva de mim tudo quiser
assim sacio a saudade
pros dias que você não vier.

Você consegue perceber porque eu estava ali,
Antes de você chegar?
meus pés me levaram ali
No seu primeiro sorriso eu pude ver...
que eu não precisava mais esperar




quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Visita

Entre sem bater na porta,
encontre a casa vazia
a moldura meio torta
a vitrola e a melodia.

se enrole em meus lençóis
recorde o meu perfume
o estresse e seus nós
o amor e seu costume

em ver chegar mais cedo
percebo que você deixou crescer
a vontade de se livrar do medo
de me amar, de tudo acontecer

deixo sua barba me arranhar
me deixe minhas unhas te machucar
enrole sua perna aqui
de onde não quero mais sair

sei que já deu sua hora
tudo bem pode ir embora
não prometo te esperar
mas sorria quando você deitar e

me ver chegar mais cedo
percebo que você deixou crescer
a vontade de se livrar do medo
de me amar, de tudo acontecer

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A beira de onde eu temo cair

A beira de onde eu temo cair
me vejo esperando você entrar
Da porta de onde te vi sair
Não quero atravessar

O que me espera lá fora?
Quanto custa arriscar
O tempo de outrora
jamais irá volta

Peco no medo de sobreviver
tentar fingir o que não posso ser
Como outros dizem se melhor
A formula para não estar só.

A beira de onde eu temo cair
Eu penso em me jogar
com medo de conseguir
de uma vez te superar

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Raízes

Se esquivando como sempre soube fazer
mas ainda não percebeu que suas raízes
Estão presas onde não te fazem crescer
Vivendo uma mentira onde as emoções são as atrizes.

Consegue enxergar o peso de cada palavra dita?
entre as novas paredes ou soltas no vento
faz com que cada vontade contida
acolha um pouco mais de sofrimento

Olha quanto frio faz
Na ausência do bom calor
E com o medo a luz jaz
abrindo caminho para o escuro da dor.

Há um porque de cada direção
Seja ele o desavio, seja ele o que sempre se quis
As raízes deveriam servir de impulsão
E não como peso de algo que sempre se diz

E nunca é feito como se pensa que seria
O rumo também tem suas decisões
ninguém saberia que a atriz mentiria
fazendo seguir suas pretensões

Achando algo novo
Que fez tão bem
Alimentando o gosto
do melhor que a vida tem.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Enquanto o Mar içar os sonhos

Foi só o amanhecer chegar
então eu pude perceber
o quanto foi bom você ficar
o quanto foi bom te conhecer.

e quando de ti, eu descubro mais pouco
é como sentir o mar içar minha força,
me sinto leve, um pouco bobo
peço para ele, que por nós, torça.

Que venha de lá o caminho
desenhado na linha torta, feita
das ondas, de seu horizonte.
Dessa vez não navegar sozinho
Amar a brisa que vem longe.

e quando de ti ganho mais uma noite
é como sentir o mar içar meu voo
e dentro dele não toco o chão,
fora dos limites do que sonho
mergulhei onde não há razão.



quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Salão

Sempre dançou colado
antes viver fechado
Para não se entregar a um vago amor
sempre foi de se opor.
Calejado por conta própria
se isolou para se encontrar
nas vozes da sua estória
falava baixo o que devia gritar.
Mas tudo foi questão
de passar mais uma estação
e ver florir em si
o que sempre esteve ali
ela atravessou dançando
seguindo a melodia
ele a encarava com medo
enquanto seu peito ardia.
Ela tragou seu fumo
ele respirava devagar
ela atravessou seu rumo
ele já não podia evitar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Não venha

Se não for ficar, não venha.
Não preciso disso agora.
E por mais que seu coração tenha
Pena que já passou da hora.

Não há nada pior que o "tarde demais"
Chegará o momento perdido 
E se assustará quando olhar pra trás 
O que era vivo, está ferido.
Virou tudo guerra, o que era paz

Tentei lhe convencer,
Tentei lhe mostrar.
O que meu carinho 
Ainda podia lhe dar.
Mas você não fez juízo.
Preferiu arriscar.
Trocou todo o meu sorriso
Pela incerteza do lado de lá.

Se não for ficar, não venha.
Já que agora eu não sei mais.
Se eu quero você e a sua cena
De dizer que nós dois somos iguais.

terça-feira, 8 de abril de 2014

6. Sobre Thomas e Ana



               
 




           Ana acostumou a nunca sumir de vez. Grande parte dessa mania dela era minha, é claro, mas ela tinha a necessidade. Tinha certeza que ela já não me amava como antes, mas ela não conseguiria viver com o fato de eu ter superado ou ido atrás de outra pessoa que pudesse me fazer feliz. Não me queria de volta, mas também não me queria distante o suficiente pra esquecê-la.
 − Hey Thomas, por onde anda? Estou com saudades!
− Estou dormindo, Ana.
− Mas já está tarde.
− Não tenho compromissos de manhã. Preciso desligar depois nos falamos.
− Eu te odeio Thomas. Você não era assim!
− Não sou mais idiota.
− Vou desligar, te ligo amanhã.
E ela me ligou no outro dia. Fui mais simpático. Era algo insano e não fazia bem nem pra ela e muito menos pra mim, mas eu já estava acostumado. Não conseguia enfrentar meus medos havia bastante tempo e com certeza seguir em frente e ‘’provavelmente’’ perde-la não fazia parte de um coração acomodado. Levantei da cama e havia sobrado um último cigarro do maço. Resolvi não fumar. A casa estava uma zona. O sol do céu nublado invadia a frestas das cortinas, revelando algumas roupas jogadas pelo chão, algumas garrafas, CDs e ingressos de shows. Preparei um café sem açúcar. Não por preferências, mas havia acabado o açúcar. Eu odiava café sem açúcar. Tentei trabalhar no romance que havia começado algumas semanas atrás. Sem muito sucesso. Falava sobre a Ana. Mas a mesmice perseguia cada verso meu. O telefone tocou mais uma vez.
− Thomas, o pessoal da banda chegou. Não era a Ana.
− Chris, você não tem a chave do bar?
− Sim, Sr. Thomas, mas eles estão perguntando sobre coisas que o senhor sabe que eu não entendo nada disso.
− Chris, pare de me chamar de senhor, sou mais novo que você! Sirva umas bebidas pra eles, eu chego ai em quinze minutos. Passei em uma cafeteria e comprei um café decente e comi qualquer coisa enquanto dirigia o velho carro do meu avô. O Chris parecia nervoso, quando cheguei e logo vi o porquê, nada ligava. Nenhum amplificador, nenhuma corda fazia barulho. Antes mesmo de cumprimentar qualquer um dos músicos, fui mexendo nos cabos, tomadas e nada. Então chamei o Chris atrás do balcão.
− Você conferiu o disjuntor?
− Eu disse que não conhecia muito bem dessas coisas Senh... Quer dizer Thomas.
*
                 Em uma hora e meia, os músicos haviam terminado de fazer a passagem de som e consumiram muito mais do que eu havia oferecido de inicio como parte do cachê.
− Thomas, você tem cara de músico quer arriscar alguma coisa?
− Quem sabe mais tarde.
                Com tudo certo no bar, resolvi voltar pra casa. Tinha em mente arrumá-la ou algo do tipo. Cheguei em casa decidido e depois de tanta bagunça retirada, estava exausto. A ressaca havia batido. Tomei um curto banho e apaguei na cama.
                No sonho era tudo muito confuso e ao mesmo tempo intenso. Muita música, muita gente, muito sorrisos. Eu andava em um labirinto dentro de uma enorme festa, onde toda cor reluzia e nada parecia fazer sentido. Às vezes jurava que via um cachorro falando, outra hora pessoas atravessavam paredes. Era como sonhar com um efeito alucinógeno de uma droga qualquer. Então, eu ouvia alguns acordes de um violão e o som cortava todas as confusões, o barulho ia diminuindo e o som do violão ia se destacando. Eu podia ver uma banda tocando e então uma menina em frente ao palco. Ela sorria singularmente e ao redor dela havia algo diferente, era como se a paz ou a esperança a cercasse. Ela era baixinha, cabelo liso loiro, usava um batom vermelho, uma blusa um pouco larga com uma estampa de uma caveira pirata, uma calça jeans comum e cantava fielmente a letra junto com a banda.
Eu despertei no exato momento em que ela olharia pra trás e veria seu rosto. Clichê. Clássico de todo sonho. Nada de momentos épicos como enfrentar a própria morte. Sempre se acorda no exato momento que se morre. Nunca saberei se é algo bom ou não. Parti para o bar. Havia uma fila boa lá fora. Chris me viu entrando e parecia agradecer a Deus por isso. Ele não estava em um bom dia. Fui para de trás do balcão e comecei a trabalhar. Depois de muito tempo com um bar aberto, você começa a fazer algumas amizades. Muito pelo interesse de manter clientes, e da parte deles, quem sabe, ganhar uma rodada de graça. O bar estava quase lotado. Convoquei a banda para tocar. Eles estavam animados, não era uma grande banda, se chamavam “Brazilian English”. Não era nome de banda que faria sucesso, mas estavam empolgados e isso que realmente importava pra mim. Eles prometeram um show de uma hora e meia, tinha que ser algo bom. Durante essa uma hora e meia, eu investi em beber, já que o gerente noturno havia chegado e podia me aliviar um pouco. A banda era boa, tocava algumas músicas do The Strokes, Beatles, Arctic Monkeys e algumas de autoria da própria banda. Brazilians English. Que era o ponto fraco do show. Quando o show alcançou seus quarenta, cinqüenta minutos eles investiram em algumas músicas mais calmas. “Champagne Supernova” do Oasis e então me chamaram.
− Nosso querido amigo Thomas nos prometeu uma canção. Por favor, suba ao palco.
                Podia ouvir os gritos, as pessoas não esperavam tanto quanto eu, mas eu subi.
− Queria agradecer a todos que vieram, aos meninos do Brazilians English, depois vamos conversar sobre esse nome... Enfim vamos tentar algo por aqui.
Pedi para que tocassem Yellow, do Coldplay. Por sorte ou azar, eles sabiam.
                Comecei a cantar, era um total desastre, estava bêbado, com uma voz rouca. Alguns aplaudiam, alguns sorriam e meus olhos se mantinham fechados e me sentia um cantor naquele momento.  O mundo era meu, o palco era meu. Eu estava feliz. Então os sons sumiram, eu só ouvia o violão, os acordes abafando todo o redor, não sei exatamente se eu parei de cantar ou não podia me ouvir. Então abri os olhos e ela estava lá. Loira, baixinha, com sua blusa branca e calça jeans. Ela cantava a música com o sorriso reservado aos cantos da boca. Eu larguei o microfone, comecei a abandonar o palco e fui me aproximando, ela mantia os olhos ligados aos meus e cantava a música. Quando estava a um metro dela, ela olhou para trás. Quando olhei, Ana estava ali parada exatamente onde eu estava nos meus sonhos. E então, ela olhou para mim de volta.
− Olá, eu sou o Thomas. E eu acho que você percebeu que  não sou cantor.
− Eu sou a Marcelle, uma “quase grande fã”.
− Você é um sonho.
                Eu a beijei e agradeci aos céus por ter arrumado o meu apartamento.




quinta-feira, 27 de março de 2014

Longe de mim

Não se importe se eu sumir
E por aí ficar, decidir me esconder.
Da luz, do som, do que bate tanto.
O que faz bem ou mal ao coração.
Eu não quero mais, 
viver histórias Sem finais.
Quero um novo alvo 
Algo que me traga paz.
Você parece não saber 
O que pode fazer comigo.
Pode parecer fraqueza,
Mas tente entender
Não posso ser só um amigo.
Escrevi uma história 
Onde eu só sorria.
Mas onde vivo, você caminha
Para aonde eu jamais alcançaria 
E estender as mãos ou gritar 
Não vai adiantar, você tapou os ouvidos.
Pra quem sempre quis te amar.

terça-feira, 25 de março de 2014

Tempos, ventos e outras sobre ela

Passava o tempo e eu escrevia sobre ela.
Mudava o vento e eu escrevia para ela.
Eu a esperava na mesma casa. Eu a esperava com o mesmo sorriso.
E tudo que se passava um pedaço de mim levava.
E todas que passavam um pouco de cada dor curava.
Mas tudo que se passava em nada apagava.
E enquanto eu escrevia sobre ela, ela dizia que eu só falava de amor.
E mais ventos e tempos e outras.
Mas a dor é em si a cura. 
O fim da minha procura, é a mesma que me fez procurar um motivo para ser acordar.
Mas é só de amor que eu sei falar,
Ela não quer mais ouvir, sobre algo cansativo.
Como ventos e momentos divertidos
Não há aventura em um estável história de amor, só a certeza de algo bom.
Mas pra ser feliz assim, 
não pode ter jogo. 
Talvez seja um dom.

sexta-feira, 14 de março de 2014

Ao inicio

ela me liga, ela me avisa.
-ligue o rádio, vão falar de nós.
é uma música antiga, sobre voltar ao começo.
é uma música eterna, onde depositamos sentimentos.
digo que a amo. E ela já não liga pro resto do mundo.
ela é meu ponto fraco e o que me dá mais força.
-eu também, dane-se o mundo! Demais demais.
aquela canção que nunca mais havia tocado.
e nós dois cantando, mesmo longe, estávamos, de novo.
APLAUSOS. mais uma vez, frente a frente. e um fundo desfocado por trás.
e nos amamos por 5 minutos e 10 segundos.
a música continuava e podia durar pra sempre.
vamos durar pra sempre. Voltaremos ao inicio

quinta-feira, 6 de março de 2014

Já se foi



É só você dizendo tudo que eu queria ouvir,
Era só você fazendo o que sempre soube fazer.
Só mais um jogo sobre o que sentir.
Será só você e sua mania de se engrandecer.
Não me diga sobre os textos antigos,
Nem me relembre o que já senti.
São palavras de um coração ferido
São dores nas quais sobrevivi.
Você voltar, agora está fora da pauta
Amar você não é mais necessário
Você não me faz falta.
Não quero meu coração como adversário

domingo, 16 de fevereiro de 2014

último



Agora, me ensine a esquecer um grande amor.
Agora que tudo já se passou.
Vem me dê mão e faça me confiar.
Que no próximo passo haverá
Um caminho melhor para mim.
Pois tudo que me restou,
Foi apenas solidão e um céu escuro.
deixa-me cantar como se fosse última canção.
e o meu silêncio mais curto, após a sua aparição.

Não vou ligar, nem atender dessa vez
Vai passar, longe de onde tudo se fez
naquele lugar, a perfeita sintonia
vai sair do ar, pois sonhos não sabem voar.

Não me venha colorir o céu nublado,
hoje é domingo deixei a esperança de lado.
deixa chover, deixa molhar, o que bater, o que for apagar.
vou me acostumar, era o meu  último adeus.
você sempre falou que esse mundo era seu,
peço por favor, me ensinar como sair.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

FALTA é RESPEITO




                Em meio a tudo isso que está acontecendo, protestos, copas, corrupção, morte, justiças, injustiças, aumentos de passagens, mãe matando filho e filho matando mãe. Trabalhador sendo morto, trabalhador sendo desrespeitado, gente se atrasando, gente tacando pedra. Gente colocando fogo, gente entre fogo cruzado. Realmente sabem de quem é a culpa?! Pra mim, falo por mim. Agora. Minha simples e humilde sugestão. Pra mim tem muita gente gritando e pouca gente ouvindo. Ninguém escuta o ‘próximo’, ninguém escuta a dor alheia, não se para pra ouvir um bom conselho, não se pede por mais ninguém só pra si. A merda do egoísmo. Não adianta tentar falar, sem ouvir os outros. É aquela velha frase que alguns professores meus diziam “a sua duvida pode ser a mesma que a do coleguinha”. Na escola tinha os professores para me ajudar, tinham os livros, mas na vida, bom... Por quê não ir atrás de uma resposta com alguém com a mesma duvida e disposição? Não consigo entender essa “guerrinha” que se formou entre alguns (leia com atenção, eu disse ALGUNS) gays e evangélico. São grupos que buscam respeito, de certa forma, igualdade e vivem se atacando. Como se fossem inimigos. Não precisa concordar com nada, mas respeite. Não venha com papo de doença, com papo de maluco religioso, contaminador de mentes, ladrões de ofertas. Coisas ditas para atingir pessoas que poderiam estar caminhando lado a lado em busca de algo melhor, de um lugar melhor, de um povo melhor. Como também não adianta ser um “Black Bloc” exigir respeito, exigir que a passagem volte ao preço normal (que já é muito caro), lutar por direitos e ao mesmo tempo, desejar a morte de um policial, ameaçar quem não for do movimento, ou quem não agir conforme o grupo. Como não adianta ser policial e agir de forma brutal, atirar sem perguntar, ameaçar, spray em professores. Na boa o que se foi conquistado com isso? Só vejo medo, vejo preocupação, morte de esperanças e esperanças que viviam por ai, em busca de um lugar melhor pra todos. É muita ordem pra pouco progresso!!! E não falo só do governo, falo do jeitinho brasileiro (não é só o carioca não!!!) O jeitinho de reclamar do preço da passagem, mas não devolver se o trocador der o troco errado, reclamar das condições dos ônibus, mas não se levanta para um idoso, uma grávida ou um deficiente se sentar em um ônibus lotado (NÃO SÓ NOS BANCOS RESERVADOS, TODOS OS BANCOS, ELES SÃO PRIORIDADES, NÃO HÁ AVISO, MAS TEM QUE HAVER BOM SENSO!) se você não respeita de quem precisa de você, como pode reclamar de um governo que não respeita você mesmo você precisando. Aquela famosa frase “Seja você a mudança que quer ver no mundo” - Ghandi. Faz sentido. REALMENTE FAZ. Não se pode plantar indiferença e querer colher a atenção de todos. Agora pensa... se você não estar sendo ouvido, deve estar no momento de ouvir. Ajudar talvez seja a saída ou o caminho que você precisava achar. Ta todo mundo precisando parar de olhar pro seu próprio umbigo e olhar nos olhos de uma pessoa e mostrar que está ali pra ela, que ela pode contar com você, que você vai ajudá-la, vai ouvi-la. Falta é plantar respeito e bom não sei o que colheremos. Talvez seja amor.