"Talvez ainda reste um resto de eu te amo enrolado no
guardanapo que eu roubei do balcão do meu bar predileto.
"Volta pra mim", palavra bonita. Volta. Tão bonita que parece não fazer
mais sentido.
Seu mundo sempre foi confuso.
Você parece só amar quem pisoteia seus sonhos. Quem tapa seus sorrisos
com lágrimas. E quem te abandona sem roupa, sem mundo, sem beijo.
E não quem com o coração em guerra, entre o sim e o não, entre as
certezas e dúvidas, no peito hasteia uma bandeira da paz.
Talvez isso não te emocione mais.
Talvez nada te interesse mais.
Cartas de amor? Todas elas são ridículas. São partículas de sentimento
que não insiste mais.
Agora podemos ir, dobrar uma esquina qualquer.
Reconhecer que a vida tem seus problemas, suas soluções, seus soluços.
E soluços nada mais são do que palavras que morreram afogadas no choro,
engasgadas na vontade de dizer.
O tempo dirá e eu tenho a mais absoluta certeza de que outras belezas,
menos confusas, amanheceram em nossas vidas, para nos amar como nós nos
amamos. Para nos amar Como nós não nos amamos.
Se você foi covarde, tudo bem.
Se eu fui covarde, tudo bem também.
Nem todo mundo aguenta ser feliz.
Eu era, tu era, nós erramos!
O amor é bem mais do que isso.
O nosso amor sempre foi bem mais do que tudo isso."
T.
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