A
calma de sua displicência tira de mim toda serenidade, você consegue carregar
uma mentira nos olhos e descarregar com a boca uma verdade que você impõe como
se eu não tivesse escolha, opções, caminhos. Você e sua verdade absoluta. Você
desperta o pior de mim,
Sou seu refém, mas em suas
palavras eu tomo o papel de culpado, como se suas loucuras, seu alto descaso e
total desapego fosse culpa minha e dos meus antigos erros. Você diz que já não se
lembrar das coisas ruins e hoje só não está preparada para viver algo tão
intenso. Me desculpe, mas não aceito essas condições, não existe essa conversa
de que teremos que aprender distantes e um dia nos encontrarmos. Você consegue
ler e ver o quanto isso é covarde? e de duas formas... A primeira covardia é
você fugindo de algo que poderia ser verdadeiro e quem sabe eterno, para
aprender e errar com outras pessoa. Me desculpe, mas eu não quero o obvio, não
quero a certeza, isso retira do amor todo seu charme. O que você espera? Um cara
que aceite todas as condições? que não bata de frente? Amor são dois lados em
prol de algo único e não alguém no comando de outro alguém. A segunda covardia
é me deixar aqui. Nesse mundo que você criou, preso nessa eterna pergunta “será
que um dia ficaremos juntos?”, isso me deixa tão fraco a ponto de não saber
reagir. Culpado por agir como consequência de tudo que passei. Vejo você em
outros braços, reparo sua ausência e critico o seu silêncio, porque se eu não
procurar, você também não quer saber. E
quando você aparece, senta do meu lado, sabe exatamente o que dizer, me faz
esquecer que há outro no lugar que eu quero estar, me leva aos tempos antigos,
me torna um menino bobo que já não pensa em festas e boemia, que trocaria toda
a badalação por um sossego à dois. E com você volta os sonhos e da sua boca as
promessas se misturam com as verdades impostas e em questão de segundos eu já não
encontro mais os meus pés no chão. Quando recolhe a certeza de minha dependência,
me abandona no mundo inventado e caminha no que você planejou ser o melhor. Insiste
em dizer que sua liberdade não pertence a ninguém, por favor me deixe ser livre
também, não me alimente com esperanças e promessas e muito menos com noites
escondidas. Suma. Vá viver os erros e aprender com os outros como você acha ser
a solução. Só me tire daqui. Deixa-me caminhar livre. Pode continuar jogando
seu jogo, depois de tanto tempo, já não quero participar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário