Imagine
aquela garota com que você sonhava no colegial, aquela que você pensou que se
apaixonaria. Aquela que você nunca encontrou e talvez já tenha desistido de
encontrar. Tudo bem... se eu te disser que hoje você vai sair de casa e
encontra-la à frente de uma fila enorme que você está parado há quase vinte
minutos? Que você perderá a paciência por ela estar enfrentando toda a demora dançando
uma música que não está tocando e que você vai perder o chão quando ela te olhar
estressado e sorrir em sua direção, como se dissesse “Calma, o mundo é um moinho.” Então sentirás o cheiro de rosas, e a
fila andará. Você não voltará pro seu lugar, você vai querer saber o nome dela
e porque os olhos pretos dela brilham tanto, mesmo sem o sol bater neles. E se
eu te disser que quando se aproximar dela a sua fala irá sumir, como um balão
de ar que escapou das mãos de uma criança, e se perde nas poucas nuvens?! Ela
começará com um ‘oi’ e um sorriso intimidador, você corresponderá a altura,
saberá o que falar e depois de um pouco tempo vai perceber que as horas voaram.
Ela é diferentes das outras sabe? Vai te transformando aos poucos. Ela lhe fará
bem mesmo sem querer ou sem se esforçar. Ela é o seu melhor momento. O ápice do
seu livro. É a morena que os compositores falam. Se eu te disser que quando ela
expôr o nome dela, você vai sentir uma espécie de Dejavu, como se já soubesse,
como se aquela história você já teria escutado algumas vezes e só estava
esperando? Havia esquecido, mas chegou a sua hora de ser feliz... Não cague
nisso. E no final ela anotará seu telefone e vai dizer que te obrigará a sair
com ela de novo. Nas pontas dos pés ela alcançará sua boca e você ficará de
joelhos pra vida. Agora vai logo pagar essa conta de telefone.Você esquecerá de
pagar a conta do telefone.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Vício da alma
Eles carregavam nos ombros todo o peso das dores
alheias. Você consegue enxergá-los? Eles se vestem com mantas negras e caminham
no escuro. Cantarolando de forma sincronizada e com vozes graves, cânticos sem
letras, melodias sobre morte. Como sabíamos que era sobre a morte? A cada nota cantarolada; o suicídio e algumas
imagens antigas se desenhavam em nossas mentes, ricamente cada detalhe. A cada
gota de sangue desenhada brotava em nós um pouco mais de suor, secava um pouco mais
a garganta e o ar fugia, talvez por medo, ou talvez fosse cúmplice do nosso
terror. Vagavam nos segundos e os segundos se transformavam em horas. Sempre
nos mantendo perdidos. Eu um dia vi um desses de perto. Seu rosto não há fim e
nele você, apenas caminha em direção ao abismo mais perto, não adianta gritar,
sua visão sempre morre. Então depois de tanta dor, eles te mantêm vivo, para
que você tenha medo deles, para que suas histórias de tortura se espalhem por
ai. Então por que estamos aqui perto demais deles? Talvez a dor vicie, ou talvez
tenha um prazer nisso tudo. Vai saber, mas depois de sofrer tanto você parece
estar viciado. Como se precisasse de mais uma dose. Tragar um pouco mais da dor
sem fim, de uma morte repetida. Mas por que só existe um? Na verdade aos poucos
eles estão sumindo, são almas antigas, sentimentos passados, espíritos insistentes.
Esse que esta passando agora, atrás daquelas árvores. Consigo ver, o que que
tem ele? Ele é o mais antigo, dizem que todos os outros sentimentos vieram
dele. E toda morte de cada sentimento veio também dele. Dizem que ele engole
gigantes, derruba reis, constrói infinitos. Colore e descolore o que pode ser
visto. Como o céu? Principalmente o céu.
As melhores músicas, dizem por aí, foram feito pra ele. Para o maior de todos. Mesmo
com toda dor, ele é o todos querem pra si. Qual o nome do mais antigo? Chamam ele
de amor.
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Um andar abaixo
ela chegou assim suave, teve seus poucos dias. ela veio falando sobre tudo que nenhuma das outras jamais diziam. Diferente sabe? chegou suave. cheia de textos, e coincidências. Ela cantarola chico, ela prega respeito e sofre do efeito de não saber amar. Pequena e forte. Não há melhores, desculpe, mas não há melhores. e sabe aquela pessoa que quando chega e logo "você sabe". Sabe que chegou pra acrescentar, pra te fazer bem. De qualquer forma, nas melhores das conversas, nos piores desabafos. Queria só poder me jogar, mas os calos não deixam. Vou devagar, vou suave 'com pés de lã' caminhada só de ida.
quarta-feira, 12 de junho de 2013
dia 12
o telefone dela toca.
- já passou da meia noite? Sou eu ligando pra ela.
- ainda não, faltam 17 minutos. Ela esconde uma risada
- ótimo, abre a porta estou com frio aqui fora.
- você é maluco ? a surpresa sorrir.
- tenho um bom presente.
ela desliga.
ela aparece.
- você é maluco? ela me abraça.
- não poderia passar longe daqui. longe de você.
eu a admiro
- aqui seu presente.
- não precisava. adorei, mesmo. Obrigada.
meia noite.
então telefones.
lembranças.
perguntas.
-estou indo, ainda ta frio aqui fora.
- eu te amo.
- talvez seja pra sempre.
- ou pra sempre seja um talvez.
algum beijo fraco, uma risada, um pra sempre.
- já passou da meia noite? Sou eu ligando pra ela.
- ainda não, faltam 17 minutos. Ela esconde uma risada
- ótimo, abre a porta estou com frio aqui fora.
- você é maluco ? a surpresa sorrir.
- tenho um bom presente.
ela desliga.
ela aparece.
- você é maluco? ela me abraça.
- não poderia passar longe daqui. longe de você.
eu a admiro
- aqui seu presente.
- não precisava. adorei, mesmo. Obrigada.
meia noite.
então telefones.
lembranças.
perguntas.
-estou indo, ainda ta frio aqui fora.
- eu te amo.
- talvez seja pra sempre.
- ou pra sempre seja um talvez.
algum beijo fraco, uma risada, um pra sempre.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Aqui de baixo
Quero só te dizer que aqui embaixo está frio, não precisa
descer,
Mas posso ver sua sombra daqui, andando de um lado pro
outro tentando pensar.
Em uma forma perfeita pra tirar do lugar, o meu coração
ou meu orgulho, talvez...
Seja hora de esquecer e pensar. Que a vida é mais do que
erros que ficaram pra lá.
E o futuro só depende de nós. Abra a cortina, preciso ver
mais uma vez
A sua beleza que um dia me fez pensar, que o paraíso poderia
ser aqui.
Não vá desligar, ainda tenho tanto pra te dizer. Me encantar
com a sua voz e depois me perder,
Com o nada que sou e com o tudo que eu quero ser.
Mas tente me ouvir, por favor, vamos seguir o que devia
de ser.
Uma vida breve e boa. Eu e você. talvez amanhã ou depois.
Não há porque. Deixar preso o seu coração no que passou,
Derramar lágrimas
onde já se secou a magoa de quem já errou e aprendeu a desculpar.
Pode descer o sereno passou e eu esquento você.
Se o frio apertar ou o calor ceder, sua intensidade à nós
dois.
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Cada beijo, amor, morte e suicídio
E quando me perguntam se ainda sinto sua falta.
Engulo seco, e ignoro.
Como se isso fizesse com que sua imagem não viesse a
minha cabeça.
Mas ainda sinto seu cheiro, desejo seus beijos.
Ainda preciso do seu abraço.
Preciso da estrela única, que falta em meu céu já
iluminado.
Ainda escrevo sobre você. Talvez tudo seja sobre você.
Cada beijo, amor, morte e suicídio.
É o fim de tudo. O recomeço do que nunca se pausou.
Voltarei ao inicio, mesmo que nada tenha começado.
Olho para o céu, olho para o telefone, olho para a rua.
Volte de alguma forma, se perdoe de alguma forma.
Esqueça tudo e vem comigo, de alguma forma.
Seja mais forte do que eu sou, seja mais forte que nosso
amor e ódio.
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