domingo, 24 de novembro de 2013

As pessoas

            As pessoas exigem muito. Exigem muito de outras pessoas, acabam esquecendo que todos nós somos iguais. Pessoas são hipócritas de cinco em cinco minutos, são capazes de chorar com um filme romântico e enganar a pessoa que está atrás dela, tentando fazê-la feliz e sabe o pior? Quando essa pessoa se tocar e for atrás de sua felicidade com um outro alguém que realmente a mereça, o enganador vai encostar a cabeça no travesseiro e se perguntar “Por que não enxerguei antes? Era o melhor para mim..” Claro que você sabia! mas é bom demais criar opções, é bom demais ter algo na reserva. “Vou arriscar aqui, se não der certo... tem essa aqui que gosta de mim.” Mas nessa que ele se arrisca... Ele está virando reserva. Ciclo da Hipocrisia.
                Pessoas se esquecem. Só que com mais facilidade esquecem algo feliz. Esquecem com facilidade o motivo do sorriso de ontem e acordam, hoje, com lágrimas dos antigos pesadelos. E não adianta se você faz muito certo, muito bem, muito bom. Erros gritam mais alto. Aquela dor, mesmo pequena, causada no meio das melhores intenções, se espalha. De modo que nada que você faça vá convencer a outra pessoa que ela ainda pode confiar em você, mas você vai falar de quem? Você também não confia 100% nela.  Um acerto é detalhe e faz parte, mas o erro... o erro rege tudo. Pessoas se acham insubstituíveis, mas esquecem que também já foram  substituídas. Já foram esquecidas
                Pessoas falam muito. Falam mais do que podem, falam mais do que devem, falam do que não conhecem e principalmente, falam do que não existe. Mentem. Pessoas mentem pelo simples prazer de poder mentir, se passar de superior, porque pode controlar uma situação, por distorcer uma realidade. Mentem para poder trair, mentem para exigir. Exigir algo que ela supostamente te oferece. Pessoas mentem. Porque é brutalmente confortável fugir de uma boa verdade e suas conseqüências.
                  Pessoas são medrosas, medo da verdade, medo de serem pegos, medo de perder, medos.... medos.. medos... Talvez o maior do medo seja o da morte. Morte é o que temos em comum com quem enganamos, com quem nos enganou, com quem esquecemos e com quem nos esqueceu. Mas para a morte não podemos mentir, logo não a controlamos. Não distorcemos nada. Não há negociação. Não há o que esconder e como se esconder. Tenho impressão que um segundo antes de morrer eu vou me perguntar “por que não fui no que a vida me ofereceu de melhor? Por que você fez o mais difícil? Por que menti tanto, pra todos e pra mim? Será que vivi da melhor forma?” e a morte vai me responder “Vamos logo!Vocês humanos falam muito.”

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